Horário: Todos os dias. Das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00. (Aberto, parcialmente, devido às obras de reabilitação do edifício)

TEXTEMUNHOS | Festival Literário 2023 regressa ao Museu de Lamego 12, 13 e 14 de outubro

Com um formato original em relação a eventos congéneres, desde logo, por ser promovido por um Museu, TEXTEMUNHOS promove o Livro e a Literatura, como ponto de partida para um debate multidisciplinar sobre o papel da memória e dos museus na sociedade contemporânea, em torno de conversas abertas, encontros com escritores, exposições, leituras, cinema, dança, música e workshops. Mantendo firme o propósito do Festival, como um espaço de construção e transformação, comprometido com o futuro, que se pretende melhor, a programação da 2.ª edição destina-se a revisitar Sala Colonial, alargando a outros domínios, além da Literatura, o projeto da artista Catarina Simão, conhecida por uma prática de confronto com o Arquivo, desenvolvido no Museu de Lamego e Escola Secundária de Latino Coelho de Lamego.

A 2.ª edição do Festival Literário, a acontecer entre 12 e 14 de outubro, no Museu de Lamego, apresenta um cartaz que aposta na diversificação e internacionalização do painel de convidados, para um diálogo, que se pretende alargado a outros domínios de expressão artística, entre Museu e Literatura.

Aliás, é nesse sentido que o elenco deste ano conta com diversos convidados estrangeiros, nomeadamente, de países africanos. «Observar a colonização e a descolonização pela lente dos países que foram o seu palco permite ampliar o quadro mental em que tudo isto se discute e introduz perspetivas, por vezes, obliteradas por um eurocentrismo enraizado, ainda que algo inconsciente. O objetivo é refletir sobre as consequências das decisões no passado, amplamente identificáveis no presente, com vista a contribuir para um futuro distinto», João Morales, programador do Textemunhos 2023.

O festival arranca dia 12, pelas 18h00, com a inauguração da exposição MELANCOLIA TROPICAL ou A ILHA QUE PERDEU O EQUADOR, de Daniel Blaufuks, seguida de conversa com o autor e João Pedro Fonseca, artista visual multidisciplinar, que já trabalhou em teatro, ópera e dança. O programa prossegue à noite, no Centro de Tropas e Operações Especiais, onde, às 21h30, vai ser exibido o filme OS IMORTAIS, de António-Pedro Vasconcelos.

Sexta-feira, dia 13, pelas 10h00, começa com uma sessão destinada aos alunos do Ensino Básico, protagonizada pela escritora são-tomense Olinda Beja, trazendo o imaginário e as histórias de paragens distantes. Às 11h30, António Alberto Alves, o livreiro da Traga-Mundos (que este ano é a livraria responsável pela Feira do Livro que acompanha o festival), protagoniza a sessão seguinte (destinada aos alunos do Ensino Secundário), contando-nos as suas aventuras no âmbito da promoção e dinamização da “Língua e Cultura Portuguesas na Guiné-Bissau”, revivendo a BANKADA ANDORINHA, iniciativa que coordenou neste país.

Às 15h30, teremos uma conversa em torno do documentário SALA COLONIAL, realizado por Catarina Simão, que estará à conversa com José Roseira, figura ligada às letras e às artes. Filme e exposição, “Não visitem a Sala Colonial” serão apresentados no Museu de Lamego, em 2024. Este momento do festival é complementado com O AMOR EM TEMPO COLONIAL, uma leitura de textos pelo ator João Pereira e pela professora universitária Maria Cláudia Henriques, contextualizados por esta docente.

Às 17h00, Manuela Cantinho (diretora da Sociedade de Geografia de Lisboa) e a escritora Raquel Ochoa protagonizam a conversa PARTIR INCERTO, VOLTAR OUTRO.

Às 18h30, a poeta e académica Raquel Lima (que, atualmente, desenvolve investigação sobre oratura, escravatura e movimentos afro diaspóricos) junta-se a Olinda Beja e trazem-nos HISTÓRIAS HERDADAS PELA SEIVA. Seguir-se-á uma performance de Raquel Lima, designada ASAS COM RAÍZES, pelas 21h30.

O dia encerra com a conversa agendada para as 22h00, entre a escritora Isabela Figueiredo (autora de Cadernos Coloniais) e o escritor e jornalista Jessemusse Cacinda, que acaba de publicar em Moçambique, país onde reside, o seu livro Kwashala Blues. Este momento recebeu por título LITERATURA – MEMÓRIA E IMAGINAÇÃO EM CONSPIRAÇÃO.

Sábado, 14 de outubro, pelas 11h00, a manhã é ocupada por RAIZES um workshop de Expressão Corporal, pelo coreógrafo Roberto Sabença, destinado a um público heterogéneo, de todas as idades.

Da parte da tarde, pelas 16h30, o programa inicia com dança, HERANÇA COLONIAL, uma narrativa visual e emocional que utiliza movimentos corporais para transmitir mensagens e emoções, encenada por Roberto Sabença e protagonizado pelos seus alunos.

Pelas 17h00, o angolano Zetho Cunha Gonçalves, poeta, estudioso da poesia e da literatura africanas, autor de vários e antologias (de poesia e para a infância), junta-se ao escritor e jornalista angolano Gociante Patissa para dar voz à penúltima conversa, LÍNGUA TENTACULAR.

Pelas 18h00, Álvaro Laborinho Lúcio, romancista e antigo Ministro da Justiça, junta-se a Luís Filipe Castro Mendes, poeta, diplomata e igualmente antigo Ministro, com a pasta da Cultura, para a sessão PELA PALAVRA PARTILHAMOS.

Pelas 19h30, o festival encerra com o concerto SONS EM VIAGEM, de Reinis Jaunais, músico e compositor nómada, natural da Letónia.

Promovido pelo Museu de Lamego, Textemunhos é um Festival Literário que conta com a parceria do Agrupamento de Escolas Latino Coelho – Lamego, Município de Lamego, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, CTOE, Livraria Traga-Mundos, Teatro Solo, Nos, AD Dance Compagny e Galeria Vera Cortês. Media partner: O Grito e o Cochicho – Podcast.

A ENTRADA É GRATUITA em todos os eventos.

Para mais informação sobre o Textemunhos – Festival Literário 2023, clique AQUI.