O Signo e a Paisagem
de Augusto Lemos e Conceição Magalhães
Local | Castelo de Lamego
Horário | terça a domingo, 10h00-12h30 e 14h00-18h00
Exposição patente até 21 de outubro de 2024
A exposição
Primeiro surge o signo. Não um signo da sobremodernidade, do não lugar. Um velho signo geográfico, que indica apenas o sítio e não o histórico. Depois visualiza-se o lugar, mas não se trata do real, pois é uma paisagem.
Um e outro ligam-se pelo simbolismo. O signo, sabe-se, remete para uma linguagem redutora e codificada, diz-nos que chegamos, que estamos no lugar que procuramos ou deixamos, é uma informação apenas útil. A paisagem é uma composição, um enquadramento, uma invenção subjetiva do que se deve ver, simbolizando esse lugar, com a ajuda de programas da câmara, que fixa as partículas dos fotões transportados em onda ordenada.
É assim a cultura humana, com linguagem e numeração simbólica: um olhar simbólico e um imenso imaginário. Um mundo artificial sobre um mundo natural.
É assim que somos.
Maria do Carmo Serén
Os autores
Conceição Magalhães (n. 1956, Porto). Arquiteta e docente de Projeto na Escola Artística de Soares dos Reis, no Porto. Realiza exposições individuais de fotografia, destacando-se A Questão do Vazio no MIRA FORUM (2024); God saved the cows (2022) e Espelho Meu (2021), integradas no Mês da Imagem do Porto (MIP_OFF); Caminhando, integrada no projeto Deslocamentos, no Centro Cultural Adriano Moreira, Bragança (2019) e no Centro de Arte de S. João da Madeira (2023).
Desde 2011, tem vindo a apresentar os seus trabalhos em diversas exposições coletivas, das quais destaca as participações anuais no MIRA Mobile Prize e nas
Imagens Periféricas – Porto Pinhole Photography / MIRA Pinhole Photography, organizadas pelo MIRA FORUM e, em 2023, iNstantes em Avintes e Sala Aberta no Centro Português de Fotografia.
Tem imagens nas publicações da Associação de Fronteira para o Desenvolvimento Comunitário (RIBACVDANA), dedicadas a aspetos territoriais e culturais da região de Figueira de Castelo Rodrigo: Sobradilho / Mata de Lobos (2023), Escarigo / Puerto Seguro (2022), Bizarril / Monforte (2021) e Lenda da Marofa (2020). É coautora do livro O Signo e a Paisagem (2023).
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Augusto Lemos nasceu e reside no Porto. Doutorado pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona foi professor na Escola Superior de Educação do Politécnico do Porto entre o ano letivo 1994-1995 e 2021, tendo trabalhado nas áreas da Fotografia e do Património Cultural.
Expõe regularmente há dezenas de anos, com exposições individuais e coletivas. Tem artigos publicados sobre História da Fotografia (séc. XIX); Caminho de Santiago e Alminhas do Purgatório. É cocurador da coletiva estenopeica Imagens Periféricas integrado no MIRA Pinhole Photography. É autor dos livros de fotografia Vamos a la playa, As paisagens do viajante e coautor de O Signo e a Paisagem. Está representado em inúmeras publicações.
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