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Bio | Sofia Brito

𝗦𝗼𝗳𝗶𝗮 𝗕𝗿𝗶𝘁𝗼

Sofia Brito procura o seu “plural” cortando e recortando papéis. Explora, experimenta e vai criando no e com o papel; este é como um refúgio, um receptáculo e abrigo de ideias, conceitos e explorações do seu real imaginário.

A matéria deixa de ser plana, vazia, silenciosa e solitária. O papel ganha vida, adquirindo uma dimensão ilustrativa e decorativa, com preocupação estética valorizando a sua pureza e espaço.

Sofia Brito  é natural de Almada, reside e trabalha no seu atelier em Ponta Delgada desde 1998.

Sofia Brito estudou Cenografia e Adereços no Chapitô e é formada em Design Gráfico e tem mestrado em Ilustração Artística.

Desenha recortando e rasgando à mão, criando de forma artesanal e artística representações da natureza e de outros elementos do seu imaginário. A linha é a linha de corte do papel.

Na simplicidade e na crueza do suporte, cria ilustrações em que o jogo das sobreposições e das sombras que os elementos projetam resultam em imagens ilusórias de grande minúcia e plasticidade.

A técnica do papercut, arte de recortar à mão o papel, acolhe o papel como ponto de partida para a apropriação do desconhecido e como abrigo imediato de pensamentos que fluem, possibilitando a manipulação livre. Explora diferentes técnicas artesanais na arte de recortar e de moldar o papel, criando composições diversas.

Tem como influência a arte do recorte das tradições portuguesas, mas também asiáticas (Japão, China e India) e explora a botânica açoriana, marcadamente moldada pela herança viva da flora japonesa que remonta ao século XIX e aos jardins de António Borges e José do Canto e que ocupa hoje um lugar de destaque nas espécies florestais do arquipélago.

Ao inspirar-se no estilo e nos princípios da cultura milenar japonesa, Kirie, procura que as suas criações espelhem simplicidade, minimalismo e funcionalidade. Através da manipulação de uma base simples, procura, através da naturalidade da técnica do recorte à mão, alcançar uma sobriedade e elegância harmoniosas, onde a beleza da imperfeição é tida em conta.

Mantendo a originalidade de cada peça artística, a escala e o material em que a mesma é executada multiplicam-se e podem ser alterados, o que permite explorar diferentes dimensões, gramagens, texturas e cores.