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Cinema | NOME, um filme de Sana Na N’Hada

Clube de Lamego

3 de agosto, às 18h00

Em sessão especial, seguida de conversa com Adriano Smaldone (RISIFILM) e Catarina Simão, curadora do projeto Sala Colonial, numa parceria com a RISIFILM e o Clube de Lamego.

Entrada livre.


Sobre o filme:

Nome

de Sana Na N’hada

Portugal, França, Guiné-Bissau, Angola, 2023, 117′, Classificação M/12, drama

com Binete Undonque, Marcelino Antonio Ingira, Marta Dabo e Abubacar Banora

Sinopse:

Sana Na N’Hada, o veterano realizador guineense, revisita a memória da Guerra Colonial e da sua juventude na luta contra o exército português.

Nome, com estreia mundial no L’Acid em Cannes, é uma abordagem poética e ficcional acompanhada por imagens de arquivo da época, originalmente documentadas por Na N’Hada e os seus camaradas. Um filme para compreender a história do país, que evoca uma reflexão sobre o passado e o presente: “Será que é esta a Guiné-Bissau pela qual lutámos?”

Estamos em 1969 e em plena Guerra Colonial Portuguesa na Guiné-Bissau. Antes de mergulharmos no conflito, vemos o dia-a-dia do protagonista, Nome, e as suas relações com a mãe e a Nambu, por quem está apaixonado.

Mas Nome não ficará na aldeia por muito mais tempo e entregará o seu corpo e alma à luta armada junto das guerrilhas do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) para combater o exército português.

Torna-se um herói atormentado por tudo o que aconteceu.


Ficha técnica:

Realização | Sana Na N’hada

Assistente de realização | Ângela Sequeira

Argumento | Virgílio Almeida, Olivier Marboeuf

Fotografia | João Ribeiro
Música original | Remna Schwarz

Montagem | Sarah Salem
Som | Tristan Pontécaille

Produtores | Luís Correia, Olivier Marboeuf

Uma co-produção | Lx Filmes (Portugal), Spectre Productions (França), Geba Films (Guinea-Bissau), Geração 80 (Angola) e The Dark (França)

Distribuição em Portugal | Risi Film


Imprensa

| “(…) Há, de facto, algo mágico nas visões que “Nome” possibilita ao espetador. Este é um dos filmes mais belos com produção portuguesa nos últimos tempos, levando os limites do digital além do que se pensaria possível.” Claudio Alves, Magazine HD

| «Um conto romântico e poético, um fresco que evoca o ímpeto da revolução e a amargura dos despertares» Cahiers du Cinéma

| «Uma obra-prima, uma fábula universal, uma epopeia mágica» Les Inrocks

| «A descoberta de um filme e de um cineasta» Cahiers du Cinéma

| «A ressonância espectral da realidade» La Septième Obsession

| «O raro poder romântico de uma obra que persegue o seu espectador» L’Histoire


Biografia do realizador:

Sana Na N’hada (1950, Enxalé – Guiné-Bissau) foi o primeiro realizador da história do cinema bissau-guineense. Estudou no Instituto de Artes e Indústrias Cinematográficas de Cuba, entre 1967 e 1973, juntamente com Flora Gomes, Josefina Lopes Crato e José Bolama. Um grupo de jovens guineenses enviados pelo revolucionário Amilcar Cabral e o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde) com a missão de aprender cinema para regressar ao seu país e documentar a guerra da independência travada com Portugal.

A 24 de setembro de 1973, documentou a proclamação do Estado da Guiné-Bissau e continuou a missão que Amílcar Cabral tinha-lhe confiado: “filmar a história do seu país para apoiar o seu desenvolvimento”. 

Foi co-fundador do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual da Guiné-Bissau (INCA), do qual foi eleito diretor e onde permaneceu em funções até 1999. Colaborou com vários realizadores, estrangeiros, na exploração do continente Africano como Chris Marker e Sarah Maldoror. 

O cinema de Sana é construído num vaivém entre a memória da ocupação portuguesa, as lutas pela independência e uma meditação sobre a destruição das sociedades tradicionais da Guiné-Bissau – e, com elas, de um modelo ecológico em que o homem aceita os poderes de uma natureza à qual sabe pertencer.

Filmografia:

1976 – O Regresso de Cabral (curta-metragem, documentário)

1976 – Anos no oça luta(curta-metragem, co-realização com Flora Gomes)

1979 – Os dias de Ancono

1984 – Fanado

1994 – Xime (longa-metragem)

2005 – Bissau d’Isabel (documentário)

2013 – Kadjike 

2023 – Nome


Fonte: https://risifilm.pt/filmes/nome-2023