Horário: Todos os dias. Das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00. (Aberto, parcialmente, devido às obras de reabilitação do edifício)

O MUSEU NAS CIDADES

O PIRATA DAS FLORES, de Tiago Salazar

Sessões de lançamento

LAMEGO

CLube de Lamego, 3 dezembro, 21h30

PORTO

MMIPO – Museu da Misericórdia do Porto, 4 dezembro, 15h00

O Museu de Lamego associa-se ao escritor Tiago Salazar e à editora Leya para duas sessões de lançamento do seu novo romance «O Pirata das Flores», que terão lugar no Clube de Lamego, a 3 dezembro, por Alexandra Falcão, e no dia seguinte, por Laura Castro, diretora da Direção Regional de Cultura do Norte, no MMIPO – Museu da Misericórdia do Porto.

A iniciativa insere-se numa estratégia de alargamento de parcerias do Museu de Lamego, por forma a estender o seu programa de atividades a outros equipamentos e territórios, decorrente do seu encerramento ao público, por motivo de obras de reabilitação ao abrigo da Operação NORTE2020, Museu de Lamego. Museu para Todos

A ligação de Tiago Salazar a Lamego, em concreto ao Museu de Lamego, tem que ver com diversos projetos educativos e mediação cultural relacionados com projetos literários do autor, que estiveram na origem de duas residências literárias realizadas em Lamego e da sua participação, entre outros, nos “Percursos pelo Património com Tiago Salazar”, que decorreram nas noites de verão (2020) no Castelo de Lamego e nos Monumentos do Vale do Varosa, num binómio literatura – arte e património, e nas conversas sobre escrita criativa em formato presencial e online, promovidas para o público em geral ou vocacionadas para diferentes graus de ensino, no âmbito do concurso escolar Estórias [im]Prováveis, organizado pelo Museu de Lamego e Rede de Bibliotecas de Lamego.

Depois do romance O Magriço. A verdadeira história de D. Álvaro Gonçalves Coutinho, um dos Doze de Inglaterra, a Leya apresenta, agora, do mesmo autor O Pirata das Flores, num registo cinematográfico, que nos propõe uma viagem entre os Açores e os longínquos mares da China, à boleia do aventureiro António Freitas, fazendo-nos transportar por ambientes, sensações e cheiros que povoam o nosso imaginário ligado a diferentes contextos temporais e geográficos.

Procurou-se, desse modo, uma seleção criteriosa dos espaços, onde o Museu de Lamego se associa à organização das sessões de lançamento. Em Lamego, no Clube de Lamego, que nos remete para o contexto cronológico da narrativa e, no Porto, no MMIPO Museu da Misericórdia do Porto, não só pela coincidência do título do livro com uma das mais emblemáticas ruas dessa cidade – a rua das Flores -, onde o museu se encontra inserido e pela efeméride dos 500 anos da rua que, justamente, esse museu celebra, mas também pela noção de redenção que perpassa o romance, tão cara ao seu protagonista, que no final da sua trajetória de vida, se evidencia pela sua ação filantrópica.


Sobre o livro:

António de Freitas, um jovem aluno do seminário de Angra nascido na ilha das Flores poucos anos antes do dealbar do século XIX, decide abdicar da vida monástica e embarcar, em 1810, numa viagem rumo aos longínquos mares da China, onde sonha fazer-se rico. Para companheiro de fortuna e infortúnios, desencaminha um rapaz que com ele estudara na Terceira, também sem vocação beata mas com apreço pela leitura e talento para a escrita, que é na verdade quem há de contar a sua história.

Depois de inúmeras peripécias e confrontos, numa sucessão de episódios de autêntica pirataria nos vários navios em que são engajados, o par instala-se então em Macau, acabando António de Freitas por dedicar-se ao tráfico de ópio – na época, um negócio regularizado -, enquanto o seu amigo se entrega doidamente ao vício. Nas Flores, restará um dia um vistoso túmulo de tíbias cruzadas e caveira e um mosteiro cuja elevação está rodeada de mistério e que, volvidos quase duzentos anos, continua a marcar a paisagem da Fajãzinha. E no Oriente, rodeado de prazeres, o narrador destas aventuras vai-se deixando enlevar.

Entre o relato de viagens e o romance histórico, O Pirata das Flores discorre sobre a aventurosa vida de uma personagem extremamente arrojada para a época, à boa maneira de um Sandokan ou de um capitão Morgan, que ainda hoje alimenta as mais variadas lendas nos Açores.


Sobre Tiago Salazar:

Escritor Tiago Salazar_Fotografia

Tiago Salazar nasceu em Lisboa, em 1972. Formou-se em Relações Internacionais e estudou Guionismo e Dramaturgia em Londres. É doutorando no Instituto de Geografia onde prepara uma tese sobre A Volta ao Mundo de Ferreira de Castro. Trabalha como jornalista desde 1991, atualmente como freelancer. Venceu o prémio Jovem Repórter do Centro Nacional de Cultura, em 1985. É formador de Escrita e Literatura de Viagens, idealizou, escreveu e apresentou o programa Endereço Desconhecido, da RTP2. Foi Bolseiro da Fundação Luso América em Washington, em 2010. Foi vencedor do prémio Literatura na XVII Gala dos Prémios da revista Mais Alentejo, em 2018 e do Prémio Manuel António Pina [Textos sobre o Amor], em 2020 e 2021.

Enquanto autor publicou:

– Viagens Sentimentais (2007, Oficina do Livro, Leya), Viagens

 – A Casa do Mundo (2008, Oficina do Livro, Leya), Viagens

– As Rotas do Sonho (2010, Oficina do Livro, Leya), Viagens

– Endereço Desconhecido (2011, Oficina do Livro, Leya), Viagens

– Crónica da Selva (2014, A23), Crónica

– Hei-de Amar-te Mais (2013, Oficina do Livro, Leya), Diário

– O Baú Contador de Histórias (2014, Nova Delphi), Infantil

– Quo Vadis, Salazar? Escritos do Exílio (2015, Escritório), Crónica

– A Escada de Istambul, (2016, Oficina do Livro), Romance (representante português no Festival du Premier Romains, Chambéry, 2018)

– O Moturista Acidental (2017, A23), Crónica

– A Orelha Negra (2017, A23), Teatro

– A Fala-Barata (2019, A23), Infantil

– O Magriço (2020, Oficina do Livro)

– Cartas do Confinamento (2020, Âncora)

Fonte: Leya