A Sé de Lamego no Museu

“A Sé de Lamego no Museu” foi a primeira materialização pública do projeto [Em]COMUM, uma parceria entre Museu de Lamego e Diocese de Lamego, com o objetivo de estreitar relações de cooperação. A exposição que agora vem a público reúne, pela primeira vez, um conjunto de peças originalmente distribuídas pelas dependências da Sé, mas que a República viria a nacionalizar, motivo pelo qual fazem hoje parte do acervo do Museu de Lamego. Há quase cem anos integradas nas coleções do Museu, a exposição reúne nomes como o de Vasco Fernandes (Grão Vasco), André Reinoso ou Simão Ferreira.
A Glorificação do Divino

Originalmente integradas nas estruturas retabulares de três capelas que outrora fizeram parte do extinto Convento das Chagas de Lamego – São João Evangelista, São João Batista e Desterro, as esculturas barrocas do Museu de Lamego foram, pela primeira vez, reunidas no mesmo espaço, num espaço que lhes era totalmente estranho, suscetíveis à observação integral do visitante que, pela primeira vez também, as observou na sua verdadeira tridimensionalidade.
Dividida em duas partes, a “A Glorificação do Divino” propôs uma contextualização das imagens, desde o século I até ao século XVII, estando reservado para o público um espaço onde se podia familiarizar com as técnicas, materiais e ferramentas utilizadas no contexto das oficinas conventuais ou monásticas que se dedicavam à produção de imaginária. A exposição deu origem ao respetivo catálogo, em forma de e-book, premiado pela APOM – Associação Portuguesa de Museologia, na categoria “Melhor Comunicação Online”.
Viagem ao Oriente

Um excecional núcleo de fotografias do século XIX transportou os visitantes para um novo mundo. “Viagem ao Oriente no séc. XIX” trouxe com ela toda a magia da fotografia, num tempo em que a Europa se fascinava com as imagens deste novo meio, que possibilitava um novo conhecimento do planeta e das múltiplas culturas distantes. Do Cairo a Jacarta, do Egito das pirâmides e do deserto aos príncipes de Java, passando através do Canal do Suez, Port Said, o Mar Vermelho, o Oceano Índico, a Índia e as colónias portuguesas, Bombaim e Ceilão, Timor, Java e as Índias Holandesas, esta foi uma viagem pelo Oriente, entre 1880 e 1895, no auge da descoberta e do fascínio da Europa pelo Oriente. A mostra foi realizada ao abrigo do projeto [EM]COMUM que une esforços entre o Museu de Lamego e o Museu Diocesano de Lamego.
Cister no Douro

A chegada de Cister ao Douro no século XII viria a marcar em definitivo a História de um território hoje reconhecido internacionalmente. Património da Humanidade, deve a sua classificação ao trabalho das sucessivas comunidades de cistercienses que transformaram o Vale do Douro num espaço de cultura e saber, modificando a paisagem e o território. Foi este legado que “Cister no Douro” levou em 2014 à estação da Casa da Música do Metro do Porto, numa experiência de som e imagem, que depois chegou ao Museu de Lamego (31 de janeiro a 26 de abril de 2015) e ao Museu do Vinho de Alcobaça (18 de abril a 5 de junho de 2016). Pelo caminho, a distinção com o “Prémio Reynaldo dos Santos”, prémio atribuído à melhor exposição temporária em museus portugueses com o apoio de uma Liga de Amigos.